Memória Literária
Renata de Jesus - 7º B
Afogamento no Riacho Doce
Riacho doce era um imenso rio, na Bahia, de águas cristalinas que
encantava a menina dos meus olhos.
No encantador Riacho Doce, todas as tardes de domingo, crianças, bebês,
adultos e idosos se divertiam e brincavam nas areias branquinhas do rio.
Em uma dessas tardes de domingo,
lembro-me até hoje, foi no mês de setembro do ano de 1990, minha mãe deixou-me
ir ao riacho com meus amigos.
Naquele dia o rio estava muito cheio, por isso atravessamos de barco. Ao
chegar às margens, aquele calorão incentivava a garotada a pular no rio para
refrescar a pele, que estava muito quente. Vendo todos os meus amigos pularem,
fui também e naquele momento entendi que precisava saber nadar, coisa que eu
nunca havia feito.
Ao pular senti que meus pés não alcançaram o chão foi, então que senti enorme sentimento de aflição. Foram os piores minutos da minha vida. O desespero
tomou conta de mim, parecia que ninguém conseguia me ver para iria me socorrer.
Lutei com todas as minhas forças para conseguir sobreviver. Depois de muito
esforço, meu corpo parecia não corresponder aos meus estímulos e então eu não
pude conter-me e a partir desse momento não lembro de mais nada.
Segundo meus amigos, eles ficaram horas me procurando e quando me
acharam, me puseram na beira do rio. Quando dei por mim, estava deitada na
areia com todos ao meu redor.
Depois daquele dia, minha mãe traumatizada, nunca mais deixou banhar-me
naquele rio, e também, em nenhum outro.
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