segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Texto Selecionado na Etapa Escolar da Olimpíada de Língua Portuguesa



Memória Literária

Renata de Jesus - 7º B

Afogamento no Riacho Doce

Riacho doce era um imenso rio, na Bahia, de águas cristalinas que encantava a menina dos meus olhos.
No encantador Riacho Doce, todas as tardes de domingo, crianças, bebês, adultos e idosos se divertiam e brincavam nas areias branquinhas do rio.
Em uma dessas tardes de domingo, lembro-me até hoje, foi no mês de setembro do ano de 1990, minha mãe deixou-me ir  ao riacho com meus amigos.
Naquele dia o rio estava muito cheio, por isso atravessamos de barco. Ao chegar às margens, aquele calorão incentivava a garotada a pular no rio para refrescar a pele, que estava muito quente. Vendo todos os meus amigos pularem, fui também e naquele momento entendi que precisava saber nadar, coisa que eu nunca havia feito.
Ao pular senti que meus pés não alcançaram o chão foi, então que senti enorme sentimento de aflição. Foram os piores minutos da minha vida. O desespero tomou conta de mim, parecia que ninguém conseguia me ver para iria me socorrer. Lutei com todas as minhas forças para conseguir sobreviver. Depois de muito esforço, meu corpo parecia não corresponder aos meus estímulos e então eu não pude conter-me e a partir desse momento não lembro de mais nada.
Segundo meus amigos, eles ficaram horas me procurando e quando me acharam, me puseram na beira do rio. Quando dei por mim, estava deitada na areia com todos ao meu redor.

Depois daquele dia, minha mãe traumatizada, nunca mais deixou banhar-me naquele rio, e também, em nenhum outro.

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